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A Importância da Troca do Fluido de Transmissão Automática: Informações Essenciais para Proprietários de Veículos

Você sabe quando trocar o fluido do câmbio automático do seu carro? Essa é uma dúvida comum entre os motoristas que possuem veículos com esse tipo de transmissão. Muitas pessoas acreditam que o fluido é vitalício e não precisa de manutenção, mas isso não é verdade. O fluido de transmissão automática é responsável por sete funções essenciais para o bom funcionamento do sistema, e sua degradação pode comprometer a performance e a durabilidade da transmissão.

Neste artigo, em parceria com o renomado Roberto Donofre, Professor e Consultor especializado em câmbios automáticos, dono do Canal Tração Positiva, no YouYube, vamos ajudar você a entender de uma vez por todas por que a troca do fluido de transmissão automática é tão importante, qual é a frequência recomendada para essa manutenção e quais são os riscos de negligenciá-la. 

Para complementar seu aprendizado, estamos disponibilizando também, no fim deste artigo, a vídeo aula completa em que Donofre explica detalhadamente todo este conteúdo. Boa leitura!

O que é o fluido de transmissão automática e quais são suas funções?

O fluido de transmissão automática é um líquido viscoso que circula pelo sistema de transmissão do veículo, lubrificando, refrigerando e protegendo seus componentes. Ele também atua como um meio de transmissão de força hidráulica, permitindo as mudanças de marcha e o acoplamento do conversor de torque. Além disso, ele tem propriedades antioxidantes, anticorrosivas e antiespumantes, que evitam o desgaste prematuro das peças.

As sete funções principais do fluido de transmissão automática são:

  1. Lubrificar as engrenagens, rolamentos, buchas e outras partes móveis da transmissão;
  2. Refrigerar o sistema, dissipando o calor gerado pelo atrito e pela combustão;
  3. Proteger os componentes metálicos contra a corrosão e a oxidação;
  4. Transmitir força hidráulica para as válvulas, solenoides e embreagens da transmissão;
  5. Atuar como um amortecedor de vibrações e ruídos;
  6. Limpar o sistema, removendo as impurezas e os resíduos;
  7. Melhorar a eficiência energética do veículo, reduzindo o consumo de combustível.

Como ocorre a degradação do fluido de transmissão automática?

Assim como o óleo lubrificante do motor, o fluido de transmissão automática também sofre degradação ao longo do tempo e do uso. As altas temperaturas e o desgaste natural do sistema contribuem para a perda das propriedades do fluido. Mesmo que algumas montadoras tenham afirmado que o fluido é vitalício, a realidade é que ele possui um prazo de validade. A temperatura e a oxidação são os principais fatores que afetam a qualidade do fluido.

Quando o fluido está degradado, ele perde sua viscosidade e sua capacidade de lubrificar e refrigerar o sistema. Além disso, ele pode formar borras e depósitos que obstruem os canais e as válvulas da transmissão. Isso prejudica o funcionamento correto do sistema hidráulico e pode causar trancos, patinações, ruídos e até mesmo falhas nas mudanças de marcha.

Impacto da troca do fluido na vida útil da transmissão

A transmissão automática é uma peça fundamental do veículo e demanda um cuidado especial. O fluido desempenha sete funções essenciais para o funcionamento correto do sistema. Quando o fluido está degradado, as propriedades lubrificantes e de proteção são comprometidas, o que pode levar a danos nas engrenagens e componentes da transmissão. A troca regular do fluido contribui para a preservação da vida útil da transmissão e evita custos de reparação elevados.

A falta de manutenção do fluido de transmissão automática pode resultar em problemas graves e irreversíveis na transmissão, como quebra de peças, desgaste excessivo, superaquecimento e até mesmo travamento do sistema. Esses problemas podem comprometer a segurança e o desempenho do veículo, além de gerar um prejuízo financeiro considerável para o proprietário.

Frequência recomendada para a troca do fluido

A frequência da troca do fluido de transmissão pode variar de acordo com o modelo do veículo e as condições de uso. No Brasil, devido ao clima tropical, é recomendado seguir a faixa de troca entre 35.000 e 50.000 quilômetros rodados. Algumas montadoras, como a Honda, têm adotado a recomendação de trocas parciais a cada 40.000 quilômetros. É importante seguir as orientações do fabricante e consultar um profissional qualificado para determinar o momento ideal para a troca do fluido.

Quais são os tipos de transmissão automática?

Existem diferentes tipos de transmissão automática no mercado, que se diferenciam pelo seu funcionamento e suas características. Os principais tipos são:

  • Automática convencional: utiliza conversor de torque e engrenagens planetárias para fazer as mudanças de marcha;
  • Automatizada: utiliza uma caixa manual com um sistema eletrônico que aciona a embreagem e as marchas;
  • Automatizada de dupla embreagem: semelhante à automatizada, mas possui duas embreagens que alternam as marchas;
  • CVT: utiliza uma correia e duas polias que variam continuamente a relação de marcha;
  • Tiptronic: permite ao motorista escolher entre o modo automático ou manual, usando borboletas ou alavanca.

Cada tipo de transmissão automática tem suas vantagens e desvantagens, que devem ser levadas em conta na hora da escolha do veículo. Alguns fatores que podem influenciar são o custo, o conforto, a performance, o consumo e a manutenção.

Acompanhe os próximos artigos em nossa coluna e mantenha-se informado sobre importantes cuidados com a transmissão automática. 

E você reparador, compartilhe com seus clientes este conteúdo e o mantenha informado!

Vídeo com Apresentação Completa de Roberto Donofre

 

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