Você tem algum vício de direção? Já percebeu que conduz seu veículo com comportamentos e movimentos recorrentes que podem acabar comprometendo as estruturas e sistemas veiculares? Alguns vícios podem ser terríveis para o funcionamento do seu carro, reduzindo a vida útil de componentes importantes.
Neste artigo, você vai saber quais são os principais erros cometidos pelos motoristas na condução de seus veículos e que podem comprometer o funcionamento e o desempenho dos carros. Confira!
Quais são os principais vícios de direção dos motoristas?
Ao dirigir diariamente, às vezes, cometemos alguns erros básicos, mas que são tão naturais e recorrentes que acabam passando despercebidos para muitos motoristas. Confira abaixo a relação dos 5 principais vícios de direção que podem ser terríveis para o seu carro:
1 – Dirigir com o veículo desengatado – Muitos motoristas acreditam que, ao rodar com o carro desengatado, economizam combustível. Isso é um erro grave na condução do carro. Deixar o veículo no ponto morto enquanto em movimento faz com que o sistema de injeção do carro entenda que você está reduzindo para uma marcha lenta e, por isso, promove a injeção de combustível para aumentar a impulsão do motor. Ou seja, deixar o veículo desengatado aumenta o consumo de gasolina, além de causar uma sobrecarga aos freios e aumentar o risco de acidentes, principalmente quando o motorista está descendo uma serra ou um morro muito íngreme.
2 – Dirigir com o carro na reserva – Esse é outro vício comum dos motoristas. Muitos deixam o carro chegar à reserva para, então, abastecer o tanque. Esse hábito aumenta as chances de entupimento nos bicos de injeção e ainda promove um desgaste mais acentuado e prematuro do filtro de combustível. Outro risco de andar com o carro na reserva é queimar a bomba de combustível.
3 – Manter o pé apoiado na embreagem – Ter o hábito de descansar o pé na embreagem é muito prejudicial para o veículo. Quando estiver com o carro parado em um sinal vermelho, por exemplo, o ideal é manter o pé no assoalho, para evitar o desgaste prematuro do disco de embreagem e o superaquecimento do sistema.
4 – Segurar o carro nas subidas com o acelerador – Esse vício de direção também é muito frequente. É comum que os motoristas, ao pararem em subidas, usem apenas a aceleração e a embreagem para segurar o carro. Isso causa prejuízos ao sistema de embreagem, ao virabrequim e a outros componentes. Por isso, as paradas em aclives devem ser feitas com o freio de mão.
5 – Estacionar com o pneu apoiado na guia – Muitos motoristas apoiam o pneu na guia da calçada ao estacionar, pois consideram que, assim, o carro estará mais seguro e estável, principalmente em vagas localizadas em ladeiras. Este vício de direção também deve ser evitado, já que prejudica o pneu, acelera o desgaste da estrutura e promove o desbalanceamento da roda. Ao estacionar em descidas muito íngremes, puxe o freio de mão e deixe o carro engatado na primeira marcha. Isso é suficiente para garantir a segurança.
Além destes 5 vícios de direção bastante comuns entre os motoristas brasileiros, também é importante citar outros hábitos inadequados, como esterçar demais o volante até chegar ao batente em carros com direção hidráulica, manter a mão apoiada sobre a alavanca do câmbio, trocar a marcha na hora errada e dirigir com o carro muito pesado, com excesso de passageiros ou cargas.
Segurança ao dirigir vai além de respeitar as leis de trânsito. Motoristas costumam ter diversos vícios ao volante que interferem na maneira de guiar e a na postura, fundamentais em situações de emergência. Bancos ajustados muito para trás, cotovelo apoiado na janela e mãos posicionadas de maneira errada são claros sinais de relaxamento. E isso pode ser fatal.
Nossa cabeça cria uma espécie de roteiro a ser seguido nas mais diversas situações. Esses costumes se tornam tão naturais que sequer percebemos quando fazemos. No trânsito, isso acontece da mesma forma e, além dos riscos na estrada, o próprio carro também sofre com alguns deles.
O primeiro deles não podia faltar: principalmente por conta da gravidade, mas também por ser extremamente comum atualmente, infelizmente. Basta parar em um sinal, ou em um engarrafamento, que o movimento de pegar no celular é quase automático. O pior é que, muitas das vezes, o trânsito nem precisa parar para isso.
Desde 2016, o Código Brasileiro de Trânsito considera como gravíssima a infração de dirigir enquanto segura ou manuseia o celular. O código proíbe, inclusive, dirigir com fone de ouvido ligado ao aparelho. Para causar um acidente precisa de muito pouco, basta uma fração de segundo de desatenção.
Dirigir de maneira confortável é diferente de guiar de maneira relaxada. Algumas práticas muito comuns contribuem para esse relaxamento e isso diminui a atenção e, também, o conforto. Posicionar o banco muito para trás deixa os braços e as pernas muito esticados e isso pode cansar o motorista com o tempo.
Esses costumes não surgem apenas em pessoas que aprendem a dirigir por conta própria. Acontece de, mesmo nas auto escolas, os instrutores não se atentarem tanto à postura ao volante.
As leis de trânsito proíbem dirigir com apenas uma das mãos no volante. Isso inclui deixar a outra apoiada no câmbio — um dos vícios ao volante mais comuns. Com uma das mãos, apenas para sinais regulamentares de braço, para indicar uma manobra, por exemplo, acionar um equipamento ou acessório do veículo e mudar a marcha. Apenas mudar, sem deixar as mãos apoiadas no câmbio.
Além da infração, considerada média e punida com multa, esse costume também força o sistema desnecessariamente. Sem perceber, o motorista força o câmbio para baixo durante muito tempo. Isso aumenta o desgaste do cambio e, com o tempo, os problemas aparecem.
Da mesma forma que o câmbio, dirigir com o pé apoiado na embreagem também causa desgaste. E esse é um dos vícios mais comuns para quem dirige carros manuais. Após a troca de marcha, em vez de apoiar o pé sobre o assoalho, muitos motoristas continuam com o pé sobre o pedal.
O trânsito exige muita atenção e, em pouco tempo, o simples apoio será transformado em uma leve pressão sobre o pedal. Com isso, o sistema gira em falso, o que provoca o desgaste da embreagem mais rapidamente.
C.A.B
