Cinco coisas que não devemos fazer com câmbio de
dupla embreagem
Transmissão é rápida e eficiente,
mas exige cuidados específicos
A transmissão de dupla embreagem
divide opiniões no mundo automotivo. Procure na internet por “câmbio
Powershift” e provavelmente você não encontrará só boas notícias. Ou busque por
DSG ou 7G-Tronic.
Nesse caso, o tipo de manifestações
que você vai encontrar deve revelar outra história.
No entanto, os dois casos contam
com pontos em comum: transmissões automatizadas de dupla embreagem são rápidas,
eficientes e suaves nas mudanças de marcha, além de versáteis. Podem servir a um
veículo compacto ou a um superesportivo.
Vista em corte do câmbio de dupla embreagem da
Audi
Em uma linha, esse tipo de câmbio
faz trocas como um automático convencional, porém a base de suas engrenagens é
quase idêntica à de uma caixa manual. Atuadores eletro-hidráulicos realizam
mecanicamente as mudanças, e em cada troca a embreagem é acionada – câmbios
automáticos têm conversor de torque.
No caso da dupla embreagem, uma
atua em marchas ímpares, outra nas pares e ré. Na prática, o motorista não
precisa se preocupar com qual delas está trabalhando. Mas deve-se tomar algumas
precauções para que essa caixa funcione sem problemas por muito tempo.
Listamos abaixo 5 cuidados que
vão preservar sua transmissão automatizada de dupla embreagem
1. Não coloque o câmbio em neutro
Em carros manuais, deve-se pisar
na embreagem para desacoplar a transmissão do motor. Câmbios de dupla embreagem
fazem isso por conta própria, evitando desgastes nos discos de embreagem. Por
isso, não é necessário colocar o câmbio de dupla embreagem em “N” (neutro)
sempre que o carro para.
2. Não tire o pé do freio em
ladeiras
Quando estiver parado em uma
ladeira, não tire o pé do freio. Em um câmbio manual, o efeito é parecido com o
ato de “segurar” o carro no mesmo lugar só com o acelerador e embreagem.
Se seu carro tiver assistente de
partida, ele permanecerá imóvel por alguns segundos enquanto você aciona o
acelerador. Mas, caso não faça isso, a embreagem entrará em ação para tentar
segurar o carro. Isso superaquece o componente e provoca desgaste prematuro.
Em caixas de marcha secas, como a
DSG do Golf 1.4 e o Powershift da Ford, não há óleo para resfriar o conjunto.
Já as imersas em óleo, como a DSG do Jetta 2.0 TSI e o câmbio DCT do Hyundai
New Tucson, a prática danosa pode acelerar a contaminação do óleo por causa do
desgaste excessivo das embreagens.
3. Não ande devagar demais por
muito tempo
Andar em baixa velocidade, rebocar
peso em excesso ou subir ladeira muito lentamente agrava o desgaste da
embreagem. São outras situações que sujeitam a embreagem a não se acoplar ao
volante do motor por inteiro para manter a velocidade.
O ideal é alcançar velocidade
suficiente para que a embreagem acople por completo.
4. Trocas de marcha em aceleração
e frenagem
Aumentar a marcha durante
frenagens ou reduzir a marcha em aceleração prejudica as transmissões de dupla
embreagem. Isso pode acontecer quando o motorista interrompe uma retomada ou
numa aproximação a um farol vermelho que muda para verde pouco antes de o carro
parar.
Nos dois casos o câmbio
identificará a iminência de uma parada e a retomada vai demorar mais do que o
normal. A reação instintiva, de fazer trocas manuais, é danosa neste caso.
5. Não segure o freio e o
acelerador por muito tempo
A não ser que você esteja
querendo medir o zero a 100 km/h do carro, não precisará pisar no acelerador e
no freio ao mesmo tempo. É uma outra forma de acentuar o desgaste do conjunto
de embreagens e de superaquecer o conjunto.
Alguns carros têm formas de
impedir isso, deixando a embreagem em posição de espera e o giro do motor
limitado enquanto o freio estiver acionado.